O candidato presidencial Fernando Nobre comparou hoje a situação de Portugal a “uma hérnia estrangulada”, que precisa de ser operada antes que surja “a terrível peritonite e a irremediável morte”.“Portugal precisa de trabalho e de acção, só com retórica não vamos lá”, referiu, em Arcos de Valdevez, Fernando Nobre, numa conferência integrada numa homenagem a Mário Soares. Para o também presidente da Assistência Médica Internacional, o país “está na iminência de uma gravíssima crise” e, por isso, precisa de “um plano de emergência”, que passe, desde logo, pelo “encerramento imediato de centenas ou até milhares de institutos e fundações públicos inúteis, salvo para os seus gestores”.
O fim de “certas” parcerias público privadas, a definição de medidas “moralizadoras nos salários, mordomias e reformas dos servidores de topo do Estado” e a racionalização dos meios utilizados na Função Pública são outras medidas que Nobre preconiza para o plano de emergência”. Defende ainda o congelamento de “todos os mega-projetos”, apostando em investimentos públicos para o apoio às pequenas e médias empresas, e a discriminação positiva do IVA e IRS.
“Já não há volta a dar, chegou a hora de encarar a realidade. É tempo de marcharmos todos contra os canhões que nos atingem: o fatalismo, o chico-espertismo, a paralisante e sufocante partidarite aguda, a corrupção, a irresponsabilidade, a incompetência e o laxismo”, alertou. Nobre lembrou que Portugal “já viveu outros momentos semelhantes ou até piores” do que o actual, mas sempre teve “arte e engenho” para os ultrapassar. “Este dado histórico acalentador deve obstar ao pessimismo e ao fatalismo lusitano do momento”, disse ainda.
Em relação a Mário Soares, Fernando Nobre classificou-o como “um grande português de ontem, de hoje e de amanhã” e um estadista “corajoso e indomável”. “A biografia de Mário Soares já pertence ao património nacional”, afirmou. Nobre disse ainda que guardará “sempre com muito orgulho” o facto de ter pertencido à comissão de honra e à comissão política da última candidatura presidencial de Mário Soares.
Fernando Nobre considerou, ainda, que a “colagem” da sua candidatura a Mário Soares como um “faits divers” criado por quem não quer “discutir propostas sérias para o país”, recordando que não pediu nenhum apoio. Questionado pelos jornalistas sobre se seria considerado um insulto para ele e para Mário Soares quando se diz que a sua candidatura é da ala soarista, Fernando Nobre respondeu que sim, afirmando que são “argumentos de pessoas que já não têm outros mais válidos” para o atacarem porque não é pessoa de se deixar empurrar seja por quem for.in Público 27.Jun.2010
27 de junho de 2010
FERNANDO NOBRE COMPARA PORTUGAL A UMA HÉRNIA ESTRANGULADA
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